O que é uma bolha imobiliária?
- By Leonardo Guerra
- 6 fevereiro, 2013
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Em toda e qualquer economia o equilíbrio entre a oferta e a demanda é essencial, ganhos altos devem ser contrabalanceados com uma poupança alta, ganhos exponencias sem reservas a altura levam ao fenômeno visto recentemente nos Estados Unidos, a bolha imobiliária. Esses períodos de crescimento exageradamente acelerado incentivado por juros baixos e perspectivas de investimento sem contrapartidas (somente pontos positivos) são indicativos de uma possível bolha econômica que pode atingir em cheio o setor imobiliário.
Funciona em termos gerais de uma forma simples: tudo começa com um incentivo, que posteriormente virá a se mostrar um falso incentivo, juros baixos por exemplo pode, ser um incentivo para que o mercado imobiliário se torne extremamente lucrativo. O próximo passo do processo da bolha é o mercado de créditos também crescer desenfreadamente, empréstimos e concessões para a população investir no mercado imobiliário, todos imersos na onda do crescimento quase milagroso do mercado (no caso dos Estados Unidos em 2008 as hipotecas agiram nesse sentido), sendo assim a próxima fase é o aumento exponencial dos preços dos imóveis. O declínio vem com a especulação imobiliária, que prospecta preços astronômicos aos imóveis
É preciso fazer uma pausa nessa fase pois é exatamente por esse aquecimento que o Brasil todo passa no momento, somos o segundo mercado do mundo mais lucrativo em se falando de negócios imobiliários, embora hajam sem dúvida boatos e especulações sobre uma bolha imobiliária, é imprudente fazer qualquer comparação com outros países. O Brasil tem políticas diferentes, mais conservadoras em geral, sem contar inúmeros outros fatores como a fatia de negócios imobiliários representar uma parcela menor do crédito no Brasil do que em países desenvolvidos.
Por fim, o ciclo da bolha econômica fecha-se quando o crescimento se torna insustentável, a inflação dos preços acaba por tornar os imóveis financeiramente inacessíveis, os compradores e investidores recuam o seu capital e consequentemente os especuladores e aqueles que possuem investimentos a longo prazo perdem todo o potencial de ganhos desenrolando toda a crise, aumento nas dívidas, baixas nos preços e a retenção de capital.
O Brasil se declarou em diversas situações imune a este fenômeno. De qualquer forma a euforia deve ser sempre tratada com cautela, a história já mostrou o que pode acontecer.
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